Costa Marques, Rondônia - Brasil
O “Real Forte Príncipe da Beira”, também referido como “Forte Príncipe da Beira” ou “Fortaleza do Príncipe da Beira”, localiza-se na margem direita do rio Guaporé, atual município de Costa Marques, estado de Rondônia, no Brasil.
Situado na fronteira com a atual Bolívia, é considerado como a maior fortificação portuguesa erguida no Brasil no período colonial. Juntamente com o Forte de São José do Macapá, no Amapá, testemunha o vasto projeto de defesa da Amazônia empreendido no reinado de José I de Portugal (1750-1777) pelo seu Primeiro-Ministro, Sebastião Carvalho de Melo e Silva, marquês de Pombal (1756-1777).
História
Antecedentes
De acordo com as disposições do Tratado de Tordesilhas (1494) as atuais regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil pertenciam à Coroa espanhola. No século XVI percorridas pontualmente por aventureiros e missionários, no século XVII, jesuítas espanhóis iniciaram a ocupação da região das Missões (Itatín, Guairá), de onde foram expulsos por bandeirantes paulistas a partir de 1680.
No século XVIII, o bandeirante Pascoal Moreira Cabral, ao descobrir ouro na região do Mato Grosso (1719), conduziu à fundação de Cuiabá (1723) pouco depois elevada à categoria de vila, com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus (1 de janeiro de 1727), pelo então Governador e Capitão-general da Capitania de São Paulo, Rodrigo César de Meneses (1721-1728).
Nesse mesmo período, a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva (1670-1740), o segundo "Anhanguera" ("diabo velho" em língua tupi), de 1722 a 1728, repetiu a descoberta na região de Goiás, onde os primeiros arraiais também deram lugar às primeiras povoações.
Por volta de 1732 o ouro de aluvião em Cuiabá já apresentava sinais de esgotamento, e a busca de novas áreas de mineração conduziu ao vale do rio Guaporé (1733-1734). Manuel Félix de Lima desceu os rios Guaporé, Madeira e Amazonas, abrindo caminho até Belém do Pará (1742) e, pouco depois, foram descobertos, em sucessão, diamantes em Goiás (1746) e Mato Grosso (1747). A produtividade destas novas jazidas foi responsável pelo desmembramento destas regiões da Capitania de São Paulo (Carta-régia de 9 de março de 1748), sendo assim criadas as Capitanias Gerais de Goiás (com sede em Vila Boa) e do Mato Grosso, esta última tendo como Governador e Capitão-general D. Antônio Rolim de Moura Tavares (1751-1764), e sede em Pouso Alegre, depois transferida para Vila Bela da Santíssima Trindade de Mato Grosso, às margens do Guaporé, capital da capitania a partir de 19 de março de 1752. Em ambas as capitais a Coroa fez instalar a Casa dos Quintos (1751) para a arrecadação da tributação devida, iniciando a fortificação do limite ocidental da Colônia, de modo a garantir a navegação e a posse da região. A assinatura dos Tratados de Madrid (1750) e de Santo Ildefonso (1777), com a Espanha, fixando as fronteiras na região, concluiram o processo..
Paralelamente à exploração de ouro por portugueses e paulistas, os espanhóis buscavam o mesmo objetivo, estabelecendo missões jesuítas ao longo do Guaporé e seus afluentes, o que gerava uma série de conflitos.
Nesse contexto, forças portugueses fundaram na região, em 1759, o Presídio de Nossa Senhora da Conceição (Ver "Forte de Nossa Senhora da Conceição"). A fragilidade desta posição, entretanto, levou os espanhóis a tentar a sua conquista, só não obtendo êxito em virtude de terem sido vítimas de febres e outros males.
Em 1772, assumiu como 4.º Governador e Capitão-general da Capitania do Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres (1772-1789). Conforme determinação da Coroa, em seus planos encontrava-se o de dominar ambas as margens do Guaporé, afastando os espanhóis e assegurando o integral controle das minas dos Guarujus, entre os rios Paragaú e Tanquinhos (atual Mateguá), garantindo caminho seguro via Guaporé, Mamoré e Madeira para o monopólio da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão. (BORZACOV, 1981:61-69)
Para esse fim, em viagem descendo o rio Guaporé ao final de 1773, no desempenho das ordens régias que lhe haviam sido confiadas, inspecionou e aprovou o local na margem direita, para uma construção "de pedra e cal", em substituição à anterior, o Forte de Bragança, arruinado pela enchente do rio em 1771, e do qual distava cerca de 2 quilômetros.
E afirmaria:
“A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir.” (Carta de junho de 1776)
O forte oitocentista
O termo de lançamento da sua pedra fundamental, reza:
"Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1776, aos vinte dias do corrente mês de junho, vindo o Ilmo. e Exmo. Sr. Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres a este lugar, situado na margem oriental ou direita do rio Guaporé, desta Capitania, em distância de mil braças pouco mais ou menos da antiga Fortaleza da Conceição: o qual lugar tinha sido escolhido e aprovado pelo mesmo Sr., depois de circunspectamente o reconhecer, ouvindo a vários Engenheiros, com particularidade o Ajudante de Infantaria, com o dito exercício Domingos Sambuceti, a quem pela sua inteligência, tem cometido a direção principal das obras, para nele se fundar outra nova Fortaleza que Sua Majestade ordenou, assim porque está livre das maiores excrescências do dito rio, como porque o terreno é naturalmente o mais sólido e o mais acomodado em todos os sentidos que podia desejar-se: aí por Sua Exa. foi pessoalmente lançada a primeira pedra nos alicerces, depois de se lhe gravar a inscrição seguinte:
Josepho I / Luzitaniae et Braziliae Rege Fidelissimo / LUDIVICUS ALBUQUERQUIUS A MELLO PARERIUS CACERES / Regiae Majestatis a Concillis / Amplissimae Hujus Matto Grosso Provinciae / Gobernator ac Dux Supremus / Ipsius Fidelissimae Regis Nutu / Sub Augustissimo Beirensis Principis Nomine / Solidum Hujus Arcis Fundamentum Jaciendum / Curavit / Et Primus Lapidem Posuit / ANNO CHRISTI MDCCLXXVI / DIE XX MENSIS JUNII [Sendo José I, Rei Fidelíssimo de Portugal e do Brasil, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, por escolha da Majestade Real, Governador e Capitão-General desta vastíssima Província do Mato Grosso, planejou para ser construída a sólida fundação desta Fortaleza sob o Augustíssimo nome do Príncipe da Beira com o consentimento daquele Rei Fidelíssimo e colocou a primeira pedra no dia 20 do mês de junho do ano de Cristo de 1776]
cuja pedra de bera ou pedra do Gama, foi com efeito posta no alicerce do ângulo flanqueado no baluarte em que de presente se trabalha, cujo ângulo, com pequena diferença, olha para o Poente; e determinou o dito Sr. que a mesma Fortaleza, de hoje em diante, se denominasse - Real Forte do Príncipe da Beira - consagrando-se os quatro Baluartes em que há de consistir, a saber: a Nossa Senhora da Conceição, o referido em que se trabalha, com direção geral ao Poente; a Santa Bárbara, o outro que vira para o Sul, ambos adjacentes ao rio; e a Santo Antônio de Pádua e Santo André Avelino, os outros dois, que devem corresponder-lhes; o que tudo se faz sendo presentes o Capitão de Dragões da Capitania de Goiás José de Mello Castro de Vilhena e Silva; o referido Engenheiro Domingos Sambuceti; o Tenente de Dragões José Manoel Cardoso da Cunha; o Tenente em segundo de Artilharia Tomé José de Azevedo; o Alferes de Dragões Joaquim Pereira de Albuquerque; o Capitão Joaquim Lopes Poupino, Intendente das Obras, de que se fez este Auto com mais quatro cópias em que o dito Senhor Governador e Capitão General assinou, e da mesma forma os sobreditos, com as pessoas que abaixo constam; e eu Antônio Ferreira Coelho, Escrivão da Fazenda Real que o escrevi. Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, José de Mello Castro de Vilhena e Silva, Domingos Sambuceti, José Manoel Cardoso da Cunha, Tomé José de Azevedo, Joaquim Pereira de Albuquerque, Joaquim Lopes Poupino, Inácio Pedro Jácome de Souza Magalhães, Belchior Alz. Pereira, João Magalhães Coutinho, José da Cunha Morais, Joaquim de Matos." (GARRIDO, 1940:8)
"Príncipe do Brasil" era o título do herdeiro presuntivo da Coroa Portuguesa, assim como "Príncipe da Beira" era o do seu primogênito. O forte foi batizado em homenagem ao então "Príncipe da Beira", D. José de Bragança, título que manteve brevemente até a sua mãe, Maria I de Portugal (1777-1816), subir ao trono, quando ele próprio passou a "Príncipe do Brasil". D. José faleceu jovem, não chegando a reinar, pelo que lhe sucedeu como "Príncipe do Brasil" o seu irmão menor, o futuro João VI de Portugal (1816-1826).
Entre 1766 e 1776, nela sempre se trabalhou "ao menos com duzentas pessoas e daí para mais." (Informe do governador e Capitão General da Capitania do Mato Grosso, em janeiro de 1786. Apud: GARRIDO, 1940:13)
Durante as obras, Sambucetti faleceu vítima de malária entre o período de janeiro a setembro de 1777, sendo substituído pelo Capitão de Engenheiros Ricardo Franco de Almeida Serra, responsável mais tarde pela nova fortificação de Coimbra (Forte Novo de Coimbra, 1797).
Foi visitada em 1789 pela expedição do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira. (OLIVEIRA, 1968:756)
Nas suas dependências funcionava em 1797 um Armazém Real, depósito de armas, munições, fardamentos, ferramentas, alimentos, equipamentos náuticos, e tudo o mais necessário ao uso das forças militares da Coroa ou mesmo das suas repartições civis.
O século XIX
A partir do final do século XVIII, consolidada a presença portuguesa na região, a fortaleza perdeu a importância estratégica. SOUZA (1885) informa que, em 1864, a praça estava guarnecida por 10 soldados, dos quais efetivamente 3 em serviço; os demais estavam destacados no Presídio das Pedras e no da foz do rio Itonamas. (Op. cit., p. 138)
Antônio Leôncio Pereira Ferraz (1898-1977) complementa-nos:
"O forte fica em 12°,36' de latitude e 21°,26',28" de longitude W do Rio de Janeiro e a êle voltaria em 1778 o mesmo capitão-general ([Pereira e] Cáceres), em inspeção às obras em andamento e ao material de guerra ali chegado.
A cal empregada na construção fôra enviada de Corumbá pela via fluvial do [rio] Jaurú e dalí à do [rio] Guaporé; só em 1782 foram conduzidas pedras que deram para o fabrico de 2.000 alqueires [de cal]. As obras de cantaria eram executadas no [rio] Jaurú e o restante do material vinha do Pará, pelo rio Madeira, na época tão movimentado, a ponto de dar melhores resultados que as monções de povoados.
(...) A fundação do Forte do Príncipe da Beira [1775], com a de Viseu [1776], obrigaram os espanhóis à assinatura do Tratado de Santo Ildefonso, cujo ajuste foi terminado em 1777, valendo aquele Capitão General [Pereira e Cáceres] a frase com que o pintaria o dirigente espanhol de Santa Cruz de la Sierra: 'O mais ambicioso dos Governadores portugueses'. (...)
O forte do Príncipe da Beira é abaluartado, [pelo] sistema Vauban, e construído sobre um quadrado, medindo cada face 118 metros e 50 centímetros e tendo em cada ângulo um baluarte de 59 mts. sobre 48 na máxima altura.
Em cada baluarte há 14 canhoneiras, sendo três por flanco e quatro por face. As cortinas, que ligam os baluartes entre si, medem cada uma 92 metros e 40 centímetros, e as golas 22 metros. O fôsso, de largura variável, entre um metro e 50 centímetros e três metros, atinge a de nove metros em frente ao baluarte da Conceição, tendo em todo o seu desenvolvimento dous metros de profundidade. O portão do forte fica no centro da cortina que se acha voltada para o Norte e dá acesso a um saguão, dividido em dous compartimentos; liga-o ao outro lado do fosso uma ponte de 31 metros de comprimento. Na praça principal da fortificação há duas ruas de casas, paralelas às cortinas e formando um conjunto de 12 edifícios, todos em ruínas. As muralhas do forte são de alvenaria de pedra, com revestimento de cantaria, e medem da esplanada ao fosso 8 metros e 22 centímetros. Na cortina, voltado para W, ha também um portão que dá saída para o rio. O forte se acha assentado numa colina, que dista 180 léguas aproximadamente da atual cidade de Mato Grosso e 14, em linha reta, da foz do [rio] Mamoré.
A Comissão de Limites de 1874 diz que a sua posição astronômica é a de 12º,17',19" de longitude W do meridiano do Rio de Janeiro. O principal técnico de que dispoz [o governador] Luiz de Albuquerque, no seu projeto de edificação do forte, foi o Ajudante de Infantaria Domingos Sambuceti, conquanto tenha sido ouvido a respeito Ricardo Franco [Serra]. O diretor de obras, porém, foi o Capitão José Pinheiro de Lacerda, que dispendeu na construção 480:000$[000 reis], soma essa sem dúvida alguma vultosa para aquêles tempos. As obras ficaram terminadas em 1783 e era o forte destinado a receber 56 canhões, segundo se infere do seu próprio traçado; mas só em 1830 ali aportava a primeira artilharia que lhe era destinada, constante de quatro bocas de fogo de calibre 24, enviadas do Pará desde 1825. Mais tarde ali foram ter mais 14 canhões de ferro, de calibre 12. Foi seu primeiro comandante o Capitão de Dragões [da Capitania de Mato Grosso] José de Melo Castro de Vilhena e Silva. Em 1864 ainda havia alí uma guarnição de 10 soldados, dos quais só três ficavam no forte, sendo os demais deslocados para Pedras e Itonamas, segundo o Coronel [Augusto] Fausto de Souza.
A 9 de Junho de 1789 foi aquela fortificação visitada pelo naturalista Dr. Alexandre Rodrigues Ferreira, vindo do Pará em missão régia de caráter científico. Em 1831, devido ao abandono em que se achava e o consequente relaxamento da disciplina, houve um levante da guarnição, concomitante com o de outras fôrças da província. Cinco anos mais tarde [1836] para alí eram mandados os sentenciados cumprir penas, e dous anos depois [1838] o Dr. Francisco Sabino da Rocha Vieira, chefe da Sabinada, haveria tido igual sorte, si potentados de Mato-Grosso não lhe tivessem ostensivamente dado guarida, salvando-o certamente de perecer, em breve, numa região tão inhospita." (FERRAZ, Antonio Leoncio Pereira. Memória sobre as fortificações de Matto Grosso. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1930. Apud: GARRIDO, 1940:10-12)
Pelas inscrições identificadas nas dependências da prisão, confirma-se que o forte foi usado como presídio político no século XIX.
O Major de Engenharia Guilherme Carlos de Lassance, o 1.º Tenente da Marinha Frederico de Oliveira e o médico Dr. João Severiano da Fonseca (autor da "Viagem ao Redor do Brasil"), que compunham a Comissão Demarcadora dos Limites do Brasil com a Bolívia [Comissão do Barão de Maracajú], em 1876 encontraram-no guarnecido com 14 praças e um sargento. (GARRIDO, 1940:12)
À época da Proclamação da República do Brasil (1889), caiu em abandono.
O século XX
Foi visitado pelo Almirante José Carlos de Carvalho e outras autoridades (6 de julho de 1913), que lavraram Ata de sua visita, tendo deliberado:
• Confiar o monumento histórico à guarda do Estado de Mato Grosso, até que o Governo Federal resolvesse sobre a sua administração definitiva;
• Remover uma das peças de artilharia nele encontradas para o Museu Nacional no Rio de Janeiro, bem como uma das meias-portas de madeira de lei, onde se achavam ainda fixadas ferragens daquela época.
Além disso, o Governo do Estado de Mato Grosso resolveu remover para as dependências do forte arruinado o posto fiscal interino de Lamego e a manter um destacamento de polícia incumbido da guarda e conservação do forte.
Na ocasião, entre as canhoneiras, jaziam dez canhões grandes e um pequeno, nas ruínas de um cômodo. A limpeza do mato de capoeira das dependências foi feita por cortesia da "Madeira-Mamoré Railway / Guaporé Rubber Estate". Constatou-se o furto dos pequenos canhões de bronze, de portas, janelas, madeiras de lei que serviam de esteio e grande quantidade de telhas, levados para o outro lado da fronteira, e escolheu-se para remoção uma peça de ferro de calibre doze com a marca monograma GR abaixo de uma Coroa, um 2 entrelaçado e na culatra o número 21-3-26. (GARRIDO, 1940:8-10)
Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958) visitou as suas ruínas em 1914, tendo-lhe procedido trabalhos de limpeza da mata que a asfixiava. (GARRIDO, 1940:10) Demorou, entretanto, até 1930 para que uma nova expedição do Exército brasileiro as redescobrisse, voltando a guarnecê-las dois anos após, ali instalando o Contingente Especial de Fronteira do Forte Príncipe da Beira, que, em 1954, teve a sua designação mudada para 7.º Pelotão de Fronteira, e, em 1977, para 3.º Pelotão Especial de Fronteira, subordinado ao 6.º Batalhão Especial de Fronteira, (s.a., 1983:14-15) aquartelado em Guajará-Mirim.
Encontra-se tombado como Patrimônio Histórico Nacional, inscrito no Livro Histórico sob o n.º 281, desde 7 de agosto de 1950, pelo processo n.º 0395-T-50 do então Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN).
Em 8 de abril de 1983 em solenidade com a presença do então Presidente da República do Brasil, General João Baptista de Figueiredo, e do embaixador de Portugal, Adriano Carvalho, sob salva de 21 tiros de canhão, foi assinado um Termo de Compromisso entre o Ministério da Educação e Cultura, o Ministério do Exército e o Governo de Rondônia visando a restauração, conservação e utilização do forte. Técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) se responsabilizaram pela pesquisa arqueológica (foi encontrado material lítico pré-colombiano com c. 10 mil anos de idade) e pelos levantamentos necessários à elaboração do projeto de restauração, que contou ainda com a participação de consultores portugueses da Fundação Calouste Gulbenkian (Professor Viana de Lima), uma vez que todo o material iconográfico de construção da fortaleza se encontra em Portugal. O Ministério do Exército, através do 3.º Pelotão Especial de Fronteira ficou responsável, à época, pelo apoio material ao projeto.
O século XXI
A partir de 2009 estavam em progresso trabalhos de prospecção arqueológica no interior do forte, por iniciativa do IPHAN, sob a coordenação do arqueólogo Fernando Marques, do Museu Paraense Emílio Goeldi. Os trabalhos, previstos para durar três anos, destinavam-se a requalificar o forte para a visitação turística. ("Arqueologia resgata história de forte abandonado em Rondônia" in Defender.org.br, 17 jan 2010. Consultado em 2 abr 2012.)
Ayuda
Visualización de fortificación |
![]() |
![]() |
•En la página de visualización de una fortificación, son mostrados el nombre de la fortificación, su localización (Ciudad, Estado, País y Continente) y todos los demás datos disponibles sobre la misma.
•El primer contenido mostrado es una ventana con un texto principal conteniendo el histórico de la fortificación y demás informaciones sobre su proyecto y construcción, sus edificios, las obras y demás intervenciones realizadas a lo largo de los años, informaciones sobre armamentos y tropas, datos sobre intervenciones arqueológicas realizadas, informaciones sobre protección legal, factos históricos relevantes asociados a la fortificación, entre otras informaciones juzgadas pertinentes. •Abajo de la ventana de texto encuéntrase la caja de Medias: Mapa Interactivo, Videos, Imágenes, Panorámicas y Dibujos en CAD. Pinche sobre el tipo de media deseada para visualizar las miniaturas de los contenidos disponibles en cada una. Vea más abajo en neste texto de Ayuda como navegar por cada una de esas diferentes medias. Caso la fortificación ya posee imágenes registradas, las miniaturas de esas imágenes son las primeras a aparecer disponibles en la caja de medias. Pinche sobre una miniatura para visualizarla de forma ampliada. La media ampliada es visualizada en la misma ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •Caja de Medias- Mapa Interactivo: •En Mapa Interactivo es mostrada la localización de la fortificación visualizada a través de una imagen de satélite. No se trata de una foto estática, sino de una imagen dinámica, que funciona con la tecnología Google MAP. Con el usted puede navegar por el mapa, aproximar y alejar la imagen y visualizar fotos de satélite. •Para abrir el Mapa Interactivo, Pinche sobre el ala correspondiente en la caja de medias y después en el link "Pinche aquí para visualizar el mapa interactivo de la localización de la fortificación”. •El mapa interactivo informa las coordinadas geográficas (latitud y longitud) de la fortificación visualizada. Hay tres modos de navegación: Mapa, Satélite y Híbrido. Utilice los comandos de navegación localizados a la izquierda para aproximar y alejar la imagen, bien como para navegar por el mapa, desplazándose en cualquier dirección deseada. También es posible desplazarse en el mapa arrastrando el cursor con el botón izquierdo del mouse (ratón) continuamente presionado. •Pinche en la opción "Retornar al texto" para cerrar el mapa y volver al texto principal de la fortificación. •Caja de Medias – Videos: •Para abrir Videos, Pinche sobre la entrada correspondiente en la caja de medias de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos los videos disponibles. •Pinche sobre la miniatura del video deseado para cargar las informaciones disponibles sobre lo mismo y que son mostradas en la ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •En la ventana de visualización son mostrados: el título del video, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de realización del video, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró ese archivo, que puede ser el tutor de la fortificación u otro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. •Al lado de esas informaciones, un ícono en forma de fotograma informa el tamaño en Kb del archivo. Pinche sobre el ícono en forma de fotograma para abrir y asistir al video. •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente los demás videos disponibles. Entre los dos comandos están indicados el total de videos disponibles y el número del vídeo visualizado en el momento. •Pinche enla opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de videos y volver al texto principal de la fortificación. •Caja de Medias – Imágenes: •Para abrir Imágenes (fotografías, iconografías antíguas: planes y mapas), pinche sobre la ala correspondiente en la caja de medias, de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Las miniaturas de imágenes son las primeras a aparecieren disponibles en la caja de medias cuando accesada la página de la fortificación por primera vez. Pinche sobre una miniatura para visualizarla de forma ampliada. La imágen ampliada es visualizada en la misma ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •Al accesar imágenes, son mostradas inicialmente apenas las primeras cuatro miniaturas, siendo informado al lado el número de imágenes disponibles sobre la fortificación. •Pinche sobre el link Mostrar todas para visualizar la totalidad de las miniaturas. •Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos las imágenes disponibles y pinche sobre la miniatura de la imágen deseada para cargar las informaciones disponibles sobre la misma. •Pinche sobre el link Buscar (en la ala de Imágenes o en la caja de miniaturas) para abrir el formulario de consulta selectiva de imágenes. •En el formulario de búsqueda por imágenes es posible pesquisar por el número identificador de la imágen (ID); por la categoría de clasificación de la imágen (aérea, armamentos, arqueología, etc); por el usuario que registro la imágen; por cualquier palabra-clave de la descripción de la imágen; por cualquier palabra integrante de los créditos de la imágen por el año en que la imágen fue realizada, en este caso, con la opción de buscar por uma fecha exacta o por imágenes realizadas (aqui no texto original está digitado realizadsa) antes o después de cierta fecha definida. •En la ventana de visualización, además de las imágenes propiamente dicha, son mostrados: el título de la imágen, su categoría de clasificación, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de realización de la imágen, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró (publicó) ese archivo, que pode ser o tutor de la fortificación u outro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. •Pinche sobre la imágen, en el área de visualización, para abrir el archivo original en otra ventana del Navegador de Internet, generalmente en tamaño ampliado, con mejor visualización. Lo mismo resultado se obtiene clicando sobre o link "Ver imágen en tamaño original". •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente las demás imágenes disponibles. Entre los dos comandos están indicados el total de imágenes disponibles y el número de la imagen visualizada en el momento. •Pinche para marcar la opción "Auto" y así avanzar de uma imágen para otra de forma automática. •Solamente para usuarios contribuyentes, conectados al Website fortalezas.org (presentes en el área restricta del ambiente de edición), está disponible aún la opción Editar, onde o Tutor Del registro (imágen) puede ir directamente a el área de edição para alterar los datos registrados. •Pinche en el ícono en forma de impresora para abrir uma nueva ventana del Navegador de Internet donde es posible imprimir la imágen que está visualizada en el momento (Vea en el final de este texto como imprimir todo el contenido sobre la fortificación visualizada). •Pinche en la opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de imágenes y volver al texto principal de la fortificación. •Caja de Medias – Panorámicas: •Para abrir Panorámicas (panoramas fotográficos en 360°), pinche sobre la entrada correspondiente en la caja de medias de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos los videos disponibles. •Pinche sobre la miniatura de la panorámica deseada para cargar las informaciones disponibles sobre lo mismo y que son mostradas en la ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •En la ventana de visualización son mostrados: el título de la panorámica, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de realización de la panopámica, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró ese archivo, que pode ser o tutor de la fortificación u outro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. Al lado de esas informaciones, un ícono en forma de fotograma informa el tamaño en Kb del archivo. •Pinche sobre ese fotograma para abrir y visualizar la panorámica. •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente las demás panorámicas disponibles. Entre los dos comandos están indicados el total de panorámicas disponibles y el número de la panorámica visualizada en el momento. •Pinche enla opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de videos y volver al texto principal de la fortificación •Caja de Medias – Dibujos CAD: •Para abrir Dibujos en CAD (archivoss en formato DWG, Del padrón CAD, como levantamientos gráficos cadastrales, proyectos de restauración, etc), pinche sobre el ala correspondiente en la caja de medias, de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos los archivos CAD disponibles. •Pinche sobre la miniatura deseada para cargar las informaciones disponibles sobre la misma y que son mostradas en la ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •En la ventana de visualización son mostrados: el título del dibujo en CAD, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de autoría del dibujo, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró ese archivo, que puede ser el tutor de la fortificación u otro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. •Al lado de esas informaciones, un ícono en forma de fotograma informa el tamaño en Kb del arquicho. Pinche sobre el ícono en forma de fotograma para abrir y visualizar el dibujo (es necesario ya poseer instalado en la computadora el programa Autocad u otro software de visualización de archivos DWG). •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente los demás dibujos disponibles. Entre los dos comandos están indicados: el total de dibujos disponibles y el número dibujo visualizado en el momento. •Pinche enla opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de dibujos y volver al texto principal de la fortificación. •Abajo de la caja de medias, son presentados una série de quesitos con los datos parametrizados sobre la fortificación: Nombre actual, Otras denominaciones, Tipo, año de Inicio de la construcción, etc. Datos parametrizados son aquellos por los cuales es posible realizar pesquisas en la página de Búsqueda por fortificaciones. Las pesquisas pueden ser realizadas por cada uno de esos quesitos individualmente, o por intermedio del cruzamiento de varios de esos quesitos combinados. •En los quesitos "Autor del proyecto" y "Iniciada en el gobierno de" está disponible un link para accesar los datos del respectivo Personaje histórico allí listado, remetiendo la sección Personajes del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando "Volver" del Navegador de Internet para retornar a la página de visualización de la fortificación. •Abajo de la caja de los datos parametrizados encuéntrase la caja intitulado: Personajes relaccionados, donde son listados el nombre y la nacionalidad (acompañados de una imágen) de los personajes históricos que poseen alguna relacción con la fortificación visualizada. Pinche sobre el nombre para accesar los datos del mismo, remetiéndose a la sección Personajes del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando Volver del Navegador de Internet para retornar a la página de visualización de la fortificación. •Abajo de la caja Personajes relaccionados encuéntrase la caja intitulado: Bibliografías relaccionadas, donde son listados el título, el autor y el tipo (acompañados de una imagen) de las bibliografías que poseen alguna relación con la fortificación visualizada. Pinche sobre el título para accesar los datos del mismo, remetiéndose a la sección Bibliografías del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando Volver del Navegador de Internet para volver a la página de visualización de la fortificación. •Abajo de la caja Bibliografías relaccionadas encuéntrase la caja intitulado: Links relaccionados, donde son listados el título, la sinopsis y la dirección de Internet (URL) de los websites (Links) que poseen alguna relacción con la fortificación visualizada. Pinche sobre el título o dirección para remeterse al respectivo Website, que será abierto en una nueva ventana de navegación. •Abajo de la caja Links relaccionados encuéntrase la caja intitulado: Textos relaccionadas, donde son listados el título, el autor y el resumen de texto puesto en la sección Forum y que poseen alguna relacción com la fortificación visualizada. Pinche sobre el título para accesar los datos del mismo, remetiéndose a la sección Bibliografías del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando Volver del Navegador de Internet para volver a la página de visualización de la fortificación. •En el alto y en la base de la página, el sistema informa, entre paréntesis, el número total de resultados (registros) encontrados en la pesquisa anteriormente realizada y el número de registro que está siendo visualizado. •En el alto y en la base de la página, también están disponibles los comandos para avanzar (próxima) y retroceder (Anterior) de una fortificación a la otra, dentre los resultados (registros) encontrados en la pesquisa anteriormente realizada. •En el alto y en la base de la página, aún está disponible el link denominado “Lista” para retornar a la página con los demás resultados (registros) encontrados en la pesquisa anteriormente realizada. •Abajo de la caja textos relaccionados, encuéntrase la tabla de “Contribuciones”, donde consta el nombre del “Tutor del ítem” , que es el usuario responsable por el registro de esta fortificación. Abajo del nombre del tutor, son listados los nombres de los demás usuarios que contribuyeron con el tutor en la edición, revisión o ampliación de las informaciones sobre esa fortificación. •Al lado del nombre del Tutor es informada la fecha dela realización de la última actualización de los datos de esta fortificación. Al lado del nombre del contribuyente es informada la fecha en que ocorrió la contribución de aquel usuario. •Luego abajo, en el sub-ítem “Medias”, sonlistados los usuarios que contribuyeron con el Tutor, añadiendo algun tipo de media a esa fortificación: imagen, video, panorámica o dibujo CAD. Al lado del nombre del usuario, el número entre paréntesis informa la cantidad de archivos de medias añadidos por aquel respectivo contribuyente. imagen, video, panorámica o dibujo CAD. •Pinche sobre el nombre del Tutor o sobre el nombre de los demáis contribuyentes para visualizar las informaciones disponibles sobre eses usuarios. •Solamente para usuarios contribuyentes, conectados al Website fortalezas.org (presentes en el área restricta del ambiente de edición). Está disponible la opción Editar, donde el Tutor del resgistro puede alterar los contenidos registrados y los demás usuarios pueden colaborar, contribuyendo con una información adicional sobre la referida fortificación. •En la parte superior de la página, el ícono en forma de impresora abre una nueva ventana del Navegador de Internet adonde es posible imprimir la lista con todas las fortificaciones encontradas.En la impresión del contenido total sobre la fortificación, estarán también listados los datos de las medias, sin las imágenes correspondientes. Para imprimir las imágenes, vea arriba, los ítenes Caja de Medias – Imágenes. |