A “Fortaleza de São José de Macapá” localiza-se na margem esquerda da foz do rio Amazonas, na atual cidade de Macapá, estado do Amapá, no Brasil.
Juntamente com o Real Forte Príncipe da Beira, em Rondónia, testemunha o vasto projeto de defesa da Amazônia empreendido no reinado de José I de Portugal (1750-1777) pelo marquês de Pombal.
História
O período colonial
Para suceder os redutos erguidos em 1738 (Reduto do Macapá) e em 1761 (Forte do Macapá), e dar solução definitiva à fortificação da barra norte do rio Amazonas, o então Governador e Capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Fernando da Costa de Ataíde e Teive de Sousa Coutinho, o Maquines (1763-1772), dirigiu-se à vila de São José do Macapá, onde, a 2 de janeiro de 1764, em companhia do Sargento-mor Engenheiro Henrique António Gallúcio, examinou o terreno e aprovou a planta geral da nova fortaleza (SOUZA, 1885:63; GARRIDO, 1940:26-27). Meses mais tarde, a 29 de junho de 1764, foi lançada a pedra fundamental, no vértice do baluarte sob a invocação de São Pedro, na presença do governador, do Coronel Nuno da Cunha Ataíde Varona, comandante da Praça, do Sargento-mor Gallúcio, do Senado da Câmara e das demais autoridades civis e religiosas da vila (BARRETO, 1958:56).
A sua construção empregou, além de oficiais e soldados, canteiros, artífices e trabalhadores africanos e indígenas. Eram pagos 140 réis diários aos africanos, contra apenas quarenta réis para os indígenas (BARRETO, 1958:57). Os trabalhos distribuíram-se entre as pedreiras da cachoeira das Pedrinhas, no rio Pedreiras, a cerca de 32 quilômetros de distância de Macapá (extração e cantariação), os fornos de cal, as olarias (tijolos e telhas), a logística (transporte fluvial e terrestre), além do próprio canteiro de obras em Macapá. O Sargento-mor Gallúcio veio a falecer de malária durante as obras, a 27 de outubro de 1769, tendo assumido a direção dos trabalhos o Capitão Henrique Wilckens, até à chegada do Sargento-mor Engenheiro Gaspar João Geraldo de Gronsfeld (GARRIDO, 1940:27). Comandava a praça, à época, o Mestre de Campo do 1.º Terço de Infantaria Auxiliar de Belém, Marcos José Monteiro de Carvalho (BARRETO, 1958:57). OLIVEIRA (1968) aponta como primeiro comandante da praça o então Sargento-mor Manuel da Gama Lobo Almada, nomeado em 5 de setembro de 1769 e que permaneceu no cargo até 1771, tendo retornado em 1773 e permanecido até 1784. (Op. cit., p. 751)
No primeiro semestre de 1771 estavam concluídos os trabalhos internos, demorando-se os acabamentos exteriores até depois de 1773 (GARRIDO, 1940:27). Deste período (dezembro de 1772), existe planta enviada pelo então Governador e Capitão General do Grão-Pará, João Pereira Caldas, ao Ministro Martinho de Melo e Castro no reino (Planta da Fortaleza de S. José de Macapá, c. 1772. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa) (IRIA, 1966:42). A morte de D. José I e a exoneração do Marquês de Pombal por Maria I de Portugal (1777-1816), trouxeram como reflexo sérias restrições orçamentárias, que fizeram com que a inauguração da fortaleza só viesse a ocorrer, com as obras complementares ainda pendentes de conclusão, a 19 de março de 1782, dia do seu padroeiro, São José. Estima-se que foram consumidos nas obras, três milhões de cruzados (SOUZA, 1885:63; GARRIDO, 1940:27; quatro milhões cf. BARRETO, 1958:56).
O bispo D. Frei Caetano da Anunciação Brandão, que passou por Macapá em viagem pastoral em 23 de março de 1785, registou em seu diário de viagem a observação de que a fortaleza era "(...) regular, segura e espaçosa ao gosto moderno, que importou ao rei Dom José três milhões (...); porém acha-se mui falta de gente para defender."
BARRETO (1958) afirma que a praça teria sido artilhada com 17 peças (op. cit., p. 56). BAENA atribui-lhe 86 peças dos calibres 36 a 2 (BAENA, 1839. Apud SOUZA, 1885:63), enquanto que o Mapa anexo ao ‘’Relatório do Ministério da Guerra’’ de 1847, citado pelo mesmo autor, declara-lhe 62.
O período Imperial
Com a proclamação da Independência do Brasil, a praça foi entregue aos representantes do governo imperial em 1824.
A informação mais completa sobre esta estrutura em meados do século XIX é a do então Ministro da Guerra, Conselheiro J. M. de Oliveira Figueiredo:
"Esta praça é um quadrado de fortificação rasante, edificada sobre terreno elevado de 20 pés acima do desnivelamento das águas e composto de terra vermelha e argila branca, mistura que os naturais chamam 'curí', sendo sua propriedade o amolecer dentro d'água e enrijar ao calor do sol. Nos ângulos do quadrado estão 4 baluartes de figura pentagonal, tendo cada um 14 canhoneiras lançantes. A artilharia, que as guarnece, nada deve aos melhoramentos que tem sofrido a construção dessa arma; está montada em reparos à Onofre, mas estes tão altos que, para dirigir as pontarias, se precisariam de artilheiros de mais que regular estatura. Os reparos trabalham sobre o terrapleno, por isso que nenhum tem plataforma. As grossas muralhas da praça são de cantaria escura habilmente trabalhada: no centro de cada uma das cortinas do norte, leste e sul, há uma poterna sólida e ajudada por um xadrez interno; e no centro da cortina de oeste está o grande portão solidamente construído e ornado.
O recinto da praça é um quadrado perfeito, onde se acham oito edifícios apropriados para os diferentes misteres de uma praça de guerra, paiol de pólvora, hospital, capela, praça d'armas, armazéns, etc., sendo de construção à prova de bomba. No centro da praça há uma cisterna abobadada para esgoto das águas, e encostada à rampa transversal, que dá serventia para o baluarte da Conceição, existia a que supria a praça d'água potável, mas que está agora entupida, pena a que a condenou um comandante por ter ali caído um soldado, que esteve em risco de vida. Salutar providência!... Por baixo do terrapleno ficam as casernas com sólidas abóbadas para quartel da tropa, cozinha, prisões, etc. A praça é circundada de um fosso pelos lados do sul e oeste; e das obras externas apenas tem o revelim da parte de oeste, arruinado e cheio de crescido mato, circundado também de um fosso. Não existe a ponte levadiça que deveria servir de comunicar o revelim com a porta principal da praça, nem a do revelim para a esplanada; em seu lugar há uma pequena ponte sobre colunas de tijolo, dando apoio a uma escada, que do fosso dá serventia para a fortaleza.
Segundo a opinião dos entendedores, no plano desta fortificação se patenteiam todos os preceitos da ciência; é mui solidamente construída, e é para lastimar que se lhe não tenham ainda acabado as obras exteriores, e que tivesse estado completamente abandonada, a ponto de que até uma delas serviu de curral ao gado dos mercadores da vila." (Relatório ao Governo Imperial, 1854. apud SOUZA, 1885:63-64)
Desde a sua inauguração em 1782, a fortificação cumpriu a sua finalidade dissuasiva, jamais tendo necessidade de entrar em combate. O Aviso de 14 de fevereiro de 1857 classificou-a como de 1.ª Ordem (SOUZA, 1885:64).
Domingos Ferreira Penna, biólogo e arqueólogo, em passagem pela região em 1874, sobre ela referiu:
"É considerada no Império da mesma ordem da de Santa Cruz; mas, como praça de guerra, sua importância não vai além de constituir-se de um centro de reunião de forças para se distrair provisoriamente ou por um momento."
Um dos problemas mais sérios que afetavam as suas guarnições era a ocorrência endêmica de malária na região (SOUZA, 1885:63). Com a consolidação da Revolução Industrial e os progressos na navegação e na artilharia na segunda metade do século XIX, as antigas fortificações coloniais perderam a função defensiva. GARRIDO (1940) informa que, em 1885 o Governo Imperial designou uma Comissão para estudar os melhoramentos mais urgentes de que a fortaleza carecia, aparentemente sem resultado (op. cit., p. 28).
O período republicano
A Proclamação da República (1889), e as suas sucessivas crises no início do século XX, mantiveram a Fortaleza de Macapá em relativo abandono, acarretando o desaparecimento de diversos elementos construtivos quer por deterioração quer por furto.
À época da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi classificada como fortificação de 3.ª Classe (1915), tendo as suas ruínas sido visitadas posteriormente, em 1926, pelo presidente eleito Washington Luís (GARRIDO, 1940:28). Ainda no início do século a Marinha do Brasil, através do Serviço de Sinalização Náutica (SSN), instalou uma torre de aço com um farolete sobre o Baluarte Nossa Senhora da Conceição, para sinalização da navegação do canal da barra Norte do rio Amazonas.
A criação do território federal e as primeiras restaurações
O Território Federal do Amapá foi criado por Decreto-Lei em 1943, entre outras razões, atendendo a considerações estratégicas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com o fim do conflito foram priorizados os aspectos de desenvolvimento econômico e de infraestrutura da região.
Para a antiga fortaleza, esse desenvolvimento chegou a partir de 1946, quando nela foi instalado o Comando da Guarda Territorial, responsável pelo policiamento público. Para esse fim, foram iniciadas obras de recuperação do imóvel, compreendendo inicialmente a capina interna e externa, a remoção dos arbustos nascidos entre as pedras das muralhas e o corte das árvores que se desenvolveram nos terraplenos, e que acarretaram sérios danos estruturais. Em paralelo procedeu-se à reconstrução dos telhados da Casa do Órgão e de mais quatro prédios, assim como a confecção das respectivas portas, janelas e portões em madeira. Foram reutilizadas, para esse fim, ferragens originais como dobradiças, ferrolhos e cravos, recuperados dos escombros. Substituíram-se tijoleiras degradadas dos pisos, muretas e rampas de acesso, bem como foram desobstruídos os canais de drenagem de águas pluviais. Confeccionaram-se carretas de madeira como reparos para os antigos canhões remanescentes.
Esse trabalho emergencial, embora sem o acompanhamento técnico competente em restauração, à época buscou a melhor aproximação com a realidade original, tendo o mérito de revitalizar e chamar a atenção para o monumento. Reconhecendo a sua importância histórica e arquitetônica, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) procedeu-lhe o tombamento em 22 de março de 1950. Uma comissão, nomeada pelo Governo do Território em 8 de julho de 1950, procedeu ao levantamento e Tombamento de todos os bens da Fortaleza, que então conservava 54 canhões antecarga de ferro, de alma lisa, de diversos calibres.
Enquanto o governo construía a Colônia Penal do Beirol, nos arredores de Macapá, o espaço da fortaleza serviu provisoriamente como hospedagem a famílias de imigrantes, e de Cadeia Pública aos presos da Justiça sob vigilância da Guarda Territorial. Posteriormente as suas dependências abrigariam a Imprensa Oficial, o pelotão do 26.º Tiro de Guerra, a União dos Negros do Amapá e o Museu Territorial, sendo o espaço da fortaleza utilizado pelo Governo do Território como centro sociocultural e de lazer, especialmente nas celebrações de datas cívicas, assinaladas por salvas de tiro dos antigos canhões, desfiles cívicos e festas dançantes da comunidade.
Com o Golpe Militar de 1964, o governo do Território manteve apenas o comando da Guarda nas instalações da fortaleza, transferindo os demais organismos para outros edifícios do governo. Na ocasião foi utilizada pelo regime militar como presídio político, e permitiu-se a instalação Clube Social do Círculo Militar na área de entorno imediato leste da fortaleza - sobre onde originalmente teriam existido duas baterias baixas. A partir de 1975, a Guarda Territorial foi transformada em Polícia Militar, sendo aquartelada em prédio próprio. Permaneceram na fortaleza apenas o Pelotão da Banda de Música da Corporação que, além dos seus ensaios, mantinha o serviço de guarnição.
Em 1979, a Delegacia do Serviço do Patrimônio da União (DSPU), cedeu o imóvel da fortaleza ao Governo do Território Federal do Amapá, através de um Termo de Entrega para fins de preservação. Nessa ocasião foram realizados alguns serviços emergenciais no monumento, mas sem o devido acompanhamento técnico em restauração. Pela cessão, o Termo de Entrega deveria ter sido ratificado em dois anos, o que não ocorreu. Ainda assim, o Governo do Território continuou executando os serviços visando a preservação e a conservação daquele patrimônio histórico, contratando para esse fim os arquitetos Pedro e Dora Alcântara (DPJ Arquitetos Associados) para a elaboração do projeto de restauro da Fortaleza de São José de Macapá. Esses profissionais procederam à etapa preliminar de pesquisa iconográfica e documental. Neste período ocorreu ainda a retirada, pelo Governo Federal, sob orientação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da torre com o sinalizador náutico do Baluarte de Nossa Senhora da Conceição.
Na década de 1980, a Secretaria de Educação e Cultura do Território Federal do Amapá, criou o Departamento de Ação Complementar (DAC), ao qual a Fortaleza de São José de Macapá foi vinculada através da Seção de Patrimônio e Arquivo Histórico. Posteriormente, o DAC foi transformado em Departamento de Cultura (DC), que fez instalar no espaço interno do monumento, a Divisão Fortaleza de São José de Macapá, contemplando a Seção de Preservação e Conservação. Em 1989, o Governo do Território voltou a contratar a empresa DPJ Arquitetos Associados, para a elaboração do Projeto de Restauro e Revitalização da Fortaleza, com base na pesquisa inicial realizada por Pedro e Dora Alcântara. No ano seguinte foi entregue o projeto da área interna, e em 1991, o projeto da área externa, trabalhos que contaram com o apoio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (SOSP, depois Secretaria de Infra-Estrutura - SEINF), assim como nas etapas finais, o projeto de urbanização e prospecção arqueológica externa.
Da Constituição de 1988 aos nossos dias
A Constituição de 1988 transformou o Território Federal do Amapá em Estado do Amapá. Nas modificações orgânicas que tiveram lugar, o Departamento de Cultura da Secretaria de Educação foi extinto, para ser criada e instalada a Fundação de Cultura do Estado do Amapá (FUNDECAP), que manteve no seu organograma a Divisão Fortaleza de São José de Macapá.
Em 1995-1996 o Governo do Estado acionou a FUNDECAP, juntamente com a SEINF, para retomarem o Projeto de Restauro da Fortaleza de São José de Macapá, identificado dentro do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá, e dedicado à busca de parcerias com instituições nacionais, a exemplo do Ministério da Cultura, num reconhecimento do potencial turístico histórico-cultural que o monumento possui.
Finalmente, em 1999 a fortaleza encontrava-se em processo de restauro, através de convênio firmado entre o Governo do Estado, através da FUNDECAP, a SEINF e o Governo Federal, através do IPHAN.
Com esta fase dos trabalhos restauração concluída, com ênfase no resgate de suas linhas originais, a fortaleza ficou pronta para voltar a receber visitantes. A revitalização transformou-a num espaço de cultura e lazer, administrado por uma fundação, o Museu Fortaleza de São José de Macapá, concebida para gerenciar e planejar a sua ocupação.
Sob o governo de Waldez Góes, o monumento foi integrado a um parque da cidade, tendo se procedido à prospecção arqueológica do entorno da fortaleza, financiada pelo Governo do Estado do Amapá com a supervisão técnica da 2.ª Superintendência Regional do IPHAN. O trabalho, desenvolvido em duas campanhas de campo (2002 e 2003) pelo Laboratório Arqueológico da Universidade Federal de Pernambuco, sob o coordenação do arqueólogo Marcos Albuquerque, trouxe à luz diversas obras exteriores que se julgavam inexistentes - baluartes, rampa e caminhos cobertos -, demonstrando a real amplitude e complexidade arquitetônica desta fortificação.
Integra a Lista Indicativa enviada pelo país à UNESCO em 2015, para concorrer ao título de Patrimônio Mundial, previsto para as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil (2022).
Características
Exemplar de arquitetura militar abaluartado, no estilo Vauban dito de 8.ª classe, o conjunto da fortaleza ocupa 84.000 m² (BARRETO, 1958:56; ALCÂNTARA, 1979).
Apresenta planta no formato de um polígono quadrangular regular, com baluartes pentagonais nos vértices, sob a invocação respectivamente de Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus, muralhas com 8 metros de altura em alvenaria de pedra e cal, rematadas por cantaria nos ângulos salientes, e um fosso seco pelo lado sudoeste. Pelo lado oeste, diante do portão principal, ergue-se um revelim para proteção do seu acesso pelo exterior, originalmente projetado compreendendo duas pontes sobre um fosso. O portão principal acede a chamada "Casa do Órgão", bloco originalmente afeto ao Corpo da Guarda, edifício que se destaca por uma fachada em estilo clássico. No terrapleno, em redor da praça de armas, dispõem-se oito edifícios dispostos aos pares: Quartel da Tropa, Hospital, Casa do Capelão, Capela, Casa do Comandante e Paiol da Pólvora, Casa da Palamenta e Casa da Farinha. Ao abrigo do terrapleno, duas cadeias casamatadas com doze celas cada, uma destinada a detidos do sexo masculino e outra a do sexo feminino. Ao centro da praça, um escoadouro de águas pluviais.
Externamente, atualmente restam os vestígios de um fosso seco nas faces sul e oeste, que originalmente seria inundado em todo o perímetro da fortaleza, inclusive o revelim frente ao portão principal. A explanada exterior ligava-se ao revelim por uma passarela de madeira e este ao portão principal, através de uma ponte levadiça, equipametos estes atualmente desaparecidos. Na face norte, além de um fosso seco, o projeto original previa um segundo revelim, cercado por sua vez por um fosso inundado, elementos também desaparecidos. Pela face leste, além do fosso seco, estavam projetadas duas baterias baixas, identificadas pela recente campanha de prospecção arqueológica.
Essa pesquisa comprovou ainda que, na parte do conjunto erguida sobre terreno originalmente alagado, foram utilizadas estacas de acapu (madeira resistente à água) formando uma sólida treliça sobre a qual foram erguidas as muralhas, técnica cujo emprego no Brasil ainda não havia sido comprovado.
Ayuda
Visualización de fortificación |
![]() |
![]() |
•En la página de visualización de una fortificación, son mostrados el nombre de la fortificación, su localización (Ciudad, Estado, País y Continente) y todos los demás datos disponibles sobre la misma.
•El primer contenido mostrado es una ventana con un texto principal conteniendo el histórico de la fortificación y demás informaciones sobre su proyecto y construcción, sus edificios, las obras y demás intervenciones realizadas a lo largo de los años, informaciones sobre armamentos y tropas, datos sobre intervenciones arqueológicas realizadas, informaciones sobre protección legal, factos históricos relevantes asociados a la fortificación, entre otras informaciones juzgadas pertinentes. •Abajo de la ventana de texto encuéntrase la caja de Medias: Mapa Interactivo, Videos, Imágenes, Panorámicas y Dibujos en CAD. Pinche sobre el tipo de media deseada para visualizar las miniaturas de los contenidos disponibles en cada una. Vea más abajo en neste texto de Ayuda como navegar por cada una de esas diferentes medias. Caso la fortificación ya posee imágenes registradas, las miniaturas de esas imágenes son las primeras a aparecer disponibles en la caja de medias. Pinche sobre una miniatura para visualizarla de forma ampliada. La media ampliada es visualizada en la misma ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •Caja de Medias- Mapa Interactivo: •En Mapa Interactivo es mostrada la localización de la fortificación visualizada a través de una imagen de satélite. No se trata de una foto estática, sino de una imagen dinámica, que funciona con la tecnología Google MAP. Con el usted puede navegar por el mapa, aproximar y alejar la imagen y visualizar fotos de satélite. •Para abrir el Mapa Interactivo, Pinche sobre el ala correspondiente en la caja de medias y después en el link "Pinche aquí para visualizar el mapa interactivo de la localización de la fortificación”. •El mapa interactivo informa las coordinadas geográficas (latitud y longitud) de la fortificación visualizada. Hay tres modos de navegación: Mapa, Satélite y Híbrido. Utilice los comandos de navegación localizados a la izquierda para aproximar y alejar la imagen, bien como para navegar por el mapa, desplazándose en cualquier dirección deseada. También es posible desplazarse en el mapa arrastrando el cursor con el botón izquierdo del mouse (ratón) continuamente presionado. •Pinche en la opción "Retornar al texto" para cerrar el mapa y volver al texto principal de la fortificación. •Caja de Medias – Videos: •Para abrir Videos, Pinche sobre la entrada correspondiente en la caja de medias de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos los videos disponibles. •Pinche sobre la miniatura del video deseado para cargar las informaciones disponibles sobre lo mismo y que son mostradas en la ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •En la ventana de visualización son mostrados: el título del video, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de realización del video, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró ese archivo, que puede ser el tutor de la fortificación u otro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. •Al lado de esas informaciones, un ícono en forma de fotograma informa el tamaño en Kb del archivo. Pinche sobre el ícono en forma de fotograma para abrir y asistir al video. •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente los demás videos disponibles. Entre los dos comandos están indicados el total de videos disponibles y el número del vídeo visualizado en el momento. •Pinche enla opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de videos y volver al texto principal de la fortificación. •Caja de Medias – Imágenes: •Para abrir Imágenes (fotografías, iconografías antíguas: planes y mapas), pinche sobre la ala correspondiente en la caja de medias, de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Las miniaturas de imágenes son las primeras a aparecieren disponibles en la caja de medias cuando accesada la página de la fortificación por primera vez. Pinche sobre una miniatura para visualizarla de forma ampliada. La imágen ampliada es visualizada en la misma ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •Al accesar imágenes, son mostradas inicialmente apenas las primeras cuatro miniaturas, siendo informado al lado el número de imágenes disponibles sobre la fortificación. •Pinche sobre el link Mostrar todas para visualizar la totalidad de las miniaturas. •Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos las imágenes disponibles y pinche sobre la miniatura de la imágen deseada para cargar las informaciones disponibles sobre la misma. •Pinche sobre el link Buscar (en la ala de Imágenes o en la caja de miniaturas) para abrir el formulario de consulta selectiva de imágenes. •En el formulario de búsqueda por imágenes es posible pesquisar por el número identificador de la imágen (ID); por la categoría de clasificación de la imágen (aérea, armamentos, arqueología, etc); por el usuario que registro la imágen; por cualquier palabra-clave de la descripción de la imágen; por cualquier palabra integrante de los créditos de la imágen por el año en que la imágen fue realizada, en este caso, con la opción de buscar por uma fecha exacta o por imágenes realizadas (aqui no texto original está digitado realizadsa) antes o después de cierta fecha definida. •En la ventana de visualización, además de las imágenes propiamente dicha, son mostrados: el título de la imágen, su categoría de clasificación, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de realización de la imágen, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró (publicó) ese archivo, que pode ser o tutor de la fortificación u outro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. •Pinche sobre la imágen, en el área de visualización, para abrir el archivo original en otra ventana del Navegador de Internet, generalmente en tamaño ampliado, con mejor visualización. Lo mismo resultado se obtiene clicando sobre o link "Ver imágen en tamaño original". •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente las demás imágenes disponibles. Entre los dos comandos están indicados el total de imágenes disponibles y el número de la imagen visualizada en el momento. •Pinche para marcar la opción "Auto" y así avanzar de uma imágen para otra de forma automática. •Solamente para usuarios contribuyentes, conectados al Website fortalezas.org (presentes en el área restricta del ambiente de edición), está disponible aún la opción Editar, onde o Tutor Del registro (imágen) puede ir directamente a el área de edição para alterar los datos registrados. •Pinche en el ícono en forma de impresora para abrir uma nueva ventana del Navegador de Internet donde es posible imprimir la imágen que está visualizada en el momento (Vea en el final de este texto como imprimir todo el contenido sobre la fortificación visualizada). •Pinche en la opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de imágenes y volver al texto principal de la fortificación. •Caja de Medias – Panorámicas: •Para abrir Panorámicas (panoramas fotográficos en 360°), pinche sobre la entrada correspondiente en la caja de medias de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos los videos disponibles. •Pinche sobre la miniatura de la panorámica deseada para cargar las informaciones disponibles sobre lo mismo y que son mostradas en la ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •En la ventana de visualización son mostrados: el título de la panorámica, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de realización de la panopámica, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró ese archivo, que pode ser o tutor de la fortificación u outro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. Al lado de esas informaciones, un ícono en forma de fotograma informa el tamaño en Kb del archivo. •Pinche sobre ese fotograma para abrir y visualizar la panorámica. •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente las demás panorámicas disponibles. Entre los dos comandos están indicados el total de panorámicas disponibles y el número de la panorámica visualizada en el momento. •Pinche enla opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de videos y volver al texto principal de la fortificación •Caja de Medias – Dibujos CAD: •Para abrir Dibujos en CAD (archivoss en formato DWG, Del padrón CAD, como levantamientos gráficos cadastrales, proyectos de restauración, etc), pinche sobre el ala correspondiente en la caja de medias, de forma a cargar las miniaturas con los archivos disponibles sobre la fortificación visualizada. Utilice la barra de rodaje horizontal para mostrar todos los archivos CAD disponibles. •Pinche sobre la miniatura deseada para cargar las informaciones disponibles sobre la misma y que son mostradas en la ventana anteriormente ocupada por el texto principal. •En la ventana de visualización son mostrados: el título del dibujo en CAD, su número identificador (ID), una descripción sobre su contenido, los créditos de autoría del dibujo, fecha de su realización y el nombre del usuario que registró ese archivo, que puede ser el tutor de la fortificación u otro usuario contribuyente (ver abajo informaciones sobre el ítem "Contribuciones"). Pinche sobre el nombre del contribuyente para accesar las informaciones disponibles sobre ese usuario. •Al lado de esas informaciones, un ícono en forma de fotograma informa el tamaño en Kb del arquicho. Pinche sobre el ícono en forma de fotograma para abrir y visualizar el dibujo (es necesario ya poseer instalado en la computadora el programa Autocad u otro software de visualización de archivos DWG). •En la parte inferior de la ventana de visualización, los comandos de Anterior y Próxima permiten accesar directamente los demás dibujos disponibles. Entre los dos comandos están indicados: el total de dibujos disponibles y el número dibujo visualizado en el momento. •Pinche enla opción "Retornar al texto" para cerrar la ventana de visualización de dibujos y volver al texto principal de la fortificación. •Abajo de la caja de medias, son presentados una série de quesitos con los datos parametrizados sobre la fortificación: Nombre actual, Otras denominaciones, Tipo, año de Inicio de la construcción, etc. Datos parametrizados son aquellos por los cuales es posible realizar pesquisas en la página de Búsqueda por fortificaciones. Las pesquisas pueden ser realizadas por cada uno de esos quesitos individualmente, o por intermedio del cruzamiento de varios de esos quesitos combinados. •En los quesitos "Autor del proyecto" y "Iniciada en el gobierno de" está disponible un link para accesar los datos del respectivo Personaje histórico allí listado, remetiendo la sección Personajes del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando "Volver" del Navegador de Internet para retornar a la página de visualización de la fortificación. •Abajo de la caja de los datos parametrizados encuéntrase la caja intitulado: Personajes relaccionados, donde son listados el nombre y la nacionalidad (acompañados de una imágen) de los personajes históricos que poseen alguna relacción con la fortificación visualizada. Pinche sobre el nombre para accesar los datos del mismo, remetiéndose a la sección Personajes del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando Volver del Navegador de Internet para retornar a la página de visualización de la fortificación. •Abajo de la caja Personajes relaccionados encuéntrase la caja intitulado: Bibliografías relaccionadas, donde son listados el título, el autor y el tipo (acompañados de una imagen) de las bibliografías que poseen alguna relación con la fortificación visualizada. Pinche sobre el título para accesar los datos del mismo, remetiéndose a la sección Bibliografías del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando Volver del Navegador de Internet para volver a la página de visualización de la fortificación. •Abajo de la caja Bibliografías relaccionadas encuéntrase la caja intitulado: Links relaccionados, donde son listados el título, la sinopsis y la dirección de Internet (URL) de los websites (Links) que poseen alguna relacción con la fortificación visualizada. Pinche sobre el título o dirección para remeterse al respectivo Website, que será abierto en una nueva ventana de navegación. •Abajo de la caja Links relaccionados encuéntrase la caja intitulado: Textos relaccionadas, donde son listados el título, el autor y el resumen de texto puesto en la sección Forum y que poseen alguna relacción com la fortificación visualizada. Pinche sobre el título para accesar los datos del mismo, remetiéndose a la sección Bibliografías del Website fortalezas.org. Después efectuar el link, utilice el comando Volver del Navegador de Internet para volver a la página de visualización de la fortificación. •En el alto y en la base de la página, el sistema informa, entre paréntesis, el número total de resultados (registros) encontrados en la pesquisa anteriormente realizada y el número de registro que está siendo visualizado. •En el alto y en la base de la página, también están disponibles los comandos para avanzar (próxima) y retroceder (Anterior) de una fortificación a la otra, dentre los resultados (registros) encontrados en la pesquisa anteriormente realizada. •En el alto y en la base de la página, aún está disponible el link denominado “Lista” para retornar a la página con los demás resultados (registros) encontrados en la pesquisa anteriormente realizada. •Abajo de la caja textos relaccionados, encuéntrase la tabla de “Contribuciones”, donde consta el nombre del “Tutor del ítem” , que es el usuario responsable por el registro de esta fortificación. Abajo del nombre del tutor, son listados los nombres de los demás usuarios que contribuyeron con el tutor en la edición, revisión o ampliación de las informaciones sobre esa fortificación. •Al lado del nombre del Tutor es informada la fecha dela realización de la última actualización de los datos de esta fortificación. Al lado del nombre del contribuyente es informada la fecha en que ocorrió la contribución de aquel usuario. •Luego abajo, en el sub-ítem “Medias”, sonlistados los usuarios que contribuyeron con el Tutor, añadiendo algun tipo de media a esa fortificación: imagen, video, panorámica o dibujo CAD. Al lado del nombre del usuario, el número entre paréntesis informa la cantidad de archivos de medias añadidos por aquel respectivo contribuyente. imagen, video, panorámica o dibujo CAD. •Pinche sobre el nombre del Tutor o sobre el nombre de los demáis contribuyentes para visualizar las informaciones disponibles sobre eses usuarios. •Solamente para usuarios contribuyentes, conectados al Website fortalezas.org (presentes en el área restricta del ambiente de edición). Está disponible la opción Editar, donde el Tutor del resgistro puede alterar los contenidos registrados y los demás usuarios pueden colaborar, contribuyendo con una información adicional sobre la referida fortificación. •En la parte superior de la página, el ícono en forma de impresora abre una nueva ventana del Navegador de Internet adonde es posible imprimir la lista con todas las fortificaciones encontradas.En la impresión del contenido total sobre la fortificación, estarán también listados los datos de las medias, sin las imágenes correspondientes. Para imprimir las imágenes, vea arriba, los ítenes Caja de Medias – Imágenes. |